"Nos empenhamos com paixão para sermos transparentes, para respeitar e fazer cumprir as leis eleitorais para as eleições de 20 de maio", escreveu Maduro, candidato à reeleição.
"Este processo será limpo e modelo, tanto ou mais que as dezenas de eleições em que os venezuelanos participaram nas últimas duas décadas", completou o presidente.
As eleições são rejeitadas pela coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) e por parte da comunidade internacional, incluindo Estados Unidos e União Europeia, que não observam garantias de transparência.
O principal rival de Maduro é um ex-governador e chavista dissidente, que contrariou a MUD, da qual é integrante, ao registrar sua candidatura.
No artigo, Maduro defende o trabalho da Assembleia Constituinte, que tem poderes absolutos no país desde agosto e também é criticada pela comunidade internacional.
Maduro afirmou que a Assembleia busca redigir uma "Constituição feita pelo povo e para o povo".
"Por isto é que entendo o desespero das elites, que por décadas se dedicaram a converter o povo ao populismo, ao insulto, à barbárie. A nossa, porém, é uma democracia orgulhosamente popular", escreveu Maduro.
Ele também prometeu uma "revolução econômica (...) inovadora e criativa ante o bloqueio comercial desumano a que nos submeteram os governos dos Estados Unidos e da Europa", em referência a sanções contra o governo da Venezuela, país que enfrenta uma profunda crise econômica.
O artigo de Maduro foi publicado duas semanas depois que, por iniciativa de Caracas, Espanha e Venezuela anunciaram o retorno de seus respectivos embaixadores para normalizar as abaladas relações bilaterais.
A crise diplomática entre os países foi motivada pelas sanções da UE contra altos funcionários venezuelanos, uma medida promovida por Madri, na opinião de Caracas.