Trabalhar pela liberdade em Cuba, Nicarágua e Venezuela é prioridade para o governo de Donald Trump, declarou o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, nesta quarta-feira (2/5).
"O Ocidente é uma prioridade crucial para os Estados Unidos porque a segurança e a prosperidade de nossa região afetam diretamente a segurança e a prosperidade do povo americano", disse Pence ao empossar na Casa Branca o novo embaixador americano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Carlos Trujillo.
"Ainda temos muito trabalho a fazer" na região, afirmou Pence. E como temas pendentes mencionou Cuba, Nicarágua e Venezuela.
Disse que em Cuba "continua vivo" o "legado de tirania" dos líderes da revolução comunista de 1959 de Fidel e Raúl Castro, apesar da morte do primeiro e da recente saída do poder do segundo. "Paira sobre esse país como uma nuvem, obscurecendo o futuro de todos os que chamam essa ilha de lar", afirmou.
Sobre a Nicarágua, assinalou que o governo de Daniel Ortega "reprimiu brutalmente" o povo que recentemente se alçou "em protestos pacíficos". Ortega, um ex-guerrilheiro da revolução sandinista de 1979 que preside o país desde 2007, enfrenta desde 18 de abril manifestações que já deixaram mais de 40 mortos.
"E na Venezuela, sob o mandato do ditador Nicolás Maduro, a outrora florescente democracia se desintegrou em uma ditadura. E o que alguma vez foi a nação mais próspera da América do Sul se tornou em uma das mais pobres", apontou Pence.
"Iremos nos manter ao lado de todos os que almejam a liberdade e enfrentaremos seus opressores", enfatizou o vice-presidente, que na próxima segunda-feira fará um discurso no conselho permanente da OEA para reafirmar o compromisso dos Estados Unidos com a região.
"Sabemos que dias melhores para o novo mundo estão por vir", concluiu.
O vice-presidente disse a Trujillo que sua responsabilidade na OEA, que acaba de completar 70 anos de existência, será "forjar alianças mais fortes em prol dos interesses dos Estados Unidos".
"Espero trabalhar diligentemente com essa determinação e nunca vacilar até que Venezuela, Cuba, Nicarágua e o Ocidente sejam livres", assinalou Trujillo, descendente de cubanos que deixaram a ilha após a revolução dos Castro.
Nascido em Long Island, mas criado em Miami, Trujillo apoiou Trump durante a campanha de 2016 e assistiu a posse do presidente. Também fez parte da delegação americana na recente Cúpula das Américas, em Lima, e esteve trabalhando na OEA nas últimas semanas.