Washington, Estados Unidos -O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, disse nesta terça-feira que seu país está junto com o povo afegão e com o governo de Cabul. O anúncio acontece no dia seguinte aos ataques que mataram dezenas de pessoas, incluindo 10 jornalistas.
"A morte de jornalistas e outras pessoas inocentes é um grande testemunho do que defendemos e, mais importante, daquilo a que nos opomos", disse Mattis a jornalistas no Pentágono.
"Estamos junto com povo afegão, estamos junto ao governo afegão, e a missão da Otan continua enquanto os levamos a um acordo político", acrescentou, referindo-se aos grupos extremistas.
O chefe do Pentágono havia dito antes que os extremistas estavam enfraquecidos e por isso precisavam que se falasse neles para desestabilizar o processo eleitoral no Afeganistão, previsto para outubro.
O duplo atentado suicida que na segunda-feira deixou pelo menos 25 mortos, entre eles o chefe de fotografia da AFP em Cabul, Shah Marai, de 41 anos, foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, que "busca também aproveitar-se" da desestabilização do país, indicou.
Em outro ataque na província oriental de Khost morreu um repórter da rede britânica BBC.
"Esse tipo de coisa é esperada. É o que fazem", afirmou Mattis.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, também condenou o "insensato e bárbaro ataque", acrescentando que o trabalho dos jornalistas que morreram "ajudou a estabelecer os cimientos de meios independentes e resistentes no Afeganistão".