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Kim Jong-Un defende reforço da relação com a China

Kim encontrou Song Tao, chefe do departamento internacional do Comitê Central do Partido Comunista Chinês, que acompanhava um grupo de artistas que participou do festival anual da primavera em Pyongyang

O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, reuniu-se com uma importante autoridade chinesa em Pyongyang e defendeu um reforço da relação com Pequim, informou neste domingo (15/4) a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.

Kim encontrou Song Tao, chefe do departamento internacional do Comitê Central do Partido Comunista Chinês, que acompanhava um grupo de artistas que participou do festival anual da primavera em Pyongyang para comemorar o nascimento, em 1912, do fundador do regime Kim Il-Sung.

Esta visita acontece semanas depois da estreia diplomática do líder norte-coreano, que viajou a Pequim, onde se encontrou com o presidente chinês Xi Jinping. Até então, desde que assumiu o poder em 2011, Kim Jong-Un não havia visitado o exterior.

Pequim é o aliado mais próximo do regime norte-coreano, diplomaticamente e economicamente, mas as relações se deterioraram nos últimos dois anos, com Pequim se opondo cada vez mais aos programas balístico e nuclear da Coreia do Norte..

Kim Jong Un deve se encontrar com o presidente sul-coreano, Moon Jae-In, em 27 de abril, antes de uma reunião histórica com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda sem data definida.

De acordo com a agência oficial de notícias KCNA, Kim recebeu a delegação chinesa no sábado em um encontro durante o qual Song Tao transmitiu a ele as "calorosas saudações" do líder chinês.

Os dois homens tiveram "uma ampla troca de opiniões sobre questões importantes e de interesse mútuo", acrescentou a agência norte-coreana, sem fornecer maiores detalhes.

"O Líder Supremo declarou que trabalhará positivamente para desenvolver a amizade entre a RPDC (sigla da Coreia do Norte) e a China, a fim de conduzir o país a uma nova fase, conforme exigido pela nova era".

Outras reuniões de alto nível devem ocorrer entre Pequim e Pyongyang, de acordo com a KCNA.

Song Tao desejou "contribuir para a promoção das relações sino-norte-coreanas duráveis e prolongadas", indicou a agência.

Kim também presidiu um banquete em homenagem à delegação chinesa.

O jornal oficial Rodong Sinmun publicou fotos mostrando as autoridades chineses e norte-coreanos sentadas em várias mesas redondas em um enorme salão de recepção.

Outra imagem mostrava o concerto de uma orquestra norte-coreana com um grande retrato de Xi projetado ao fundo.

Várias delegações de artistas estrangeiros participam do festival em andamento em Pyongyang.

A KCNA também publicou uma nota sobre a esposa de Kim, o que é relativamente incomum, indicando que ela participou de um show de artistas chineses na ausência do marido.

A China participou de todas as edições do festival desde 1986, com exceção de 2016.