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Democratas pedem a Trump que pare de tuitar sobre ataques à Síria

Segundo eles, as provocações aumentaram após um aparente ataque com armas químicas na cidade de Duma, onde o governo britânico considera que até 75 pessoas morreram

Estados Unidos -Legisladores democratas recriminaram nesta sexta-feira (13) o presidente americano, Donald Trumo, por usar as redes sociais para postar sobre ataques em potencial à Síria, advertindo que sua linguagem "imprudente" e "irônica" coloca em perigo as tropas americanas.

Nove membros da Câmara de Representantes, todos eles veteranos das Forças Armadas, pediram ao presidente que pare imediatamente com suas provocações, que essa semana aumentaram após um aparente ataque com armas químicas na cidade de Duma, onde o governo britânico considera que até 75 pessoas morreram.

"Como veteranos militares, estamos profundamente preocupados com o imprudente uso pelo presidente do Twitter e de outros fóruns públicos para discutir o uso da força militar na Síria", escreveram Mike Thompson, Ted Lieu, Seth Moulton e outros em uma declaração conjunta.

O grupo reconheceu que devem avaliar ataques contra a Síria dados os horrores do bombardeio, que a Casa Branca atribui diretamente ao governo de Damasco.

Mas os legisladores declararam que "a linguagem irônica e superficial" de Trump deve parar.

"Analisamos os horrores da guerra e sabemos que o lançamento de mísseis é um assunto sério", afirmaram. "Sabemos que a estratégia do presidente é imprudente e irresponsável, e que coloca em perigo nossos homens e mulheres" no terreno.

Na quarta-feira, Trump aumentou drasticamente as tensões depois que o aliado mais poderoso de Bashar al-Assad, a Rússia, ameaçou com represálias se lançarem mísseis americanos na Síria.

"Prepare-se, Rússia, porque chegarão lindos, novos e ;inteligentes;" mísseis, tuitou o presidente.

Antes de ser presidente, Trump falou contra os governos americanos que divulgaram seus planos militares. Durante a campanha de 2016, criticou o ex-presidente Barack Obama e sua adversária eleitoral, Hillary Clinton, por serem muito transparentes sobre como usariam as forças americanas, ou reagiriam às ameaças militares.