Os Estados Unidos começaram, na sexta-feira (6/4), o envio de militares da Guarda Nacional para a fronteira com o México, após ordem dada esta semana pelo presidente Donald Trump, com o objetivo de combater a imigração irregular até a finalização da construção do muro.
Em uma declaração conjunta, o chefe do Pentágono, James Mattis, e a secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, informaram que "tropas da Guarda Nacional estão se mobilizando para apoiar missões de segurança da fronteira".
O Pentágono autorizou o uso de 4 mil soldados da Guarda Nacional, mas não confirmou quantos foram enviados até o momento.
A Guarda Nacional é um corpo de reserva das Forças Armadas dos EUA sob o controle dos estados, por isso que seu envio depende dos governadores.
Antes do comunicado de Mattis e Nielsen, o estado do Texas já havia anunciado o "imediato" envio de 250 militares em seu trecho da fronteira por ordem de seu governador, Greg Abbott.
O envio desses militares será concluído nas próximas 72 horas e se somam aos 100 guardas nacionais que ainda permanecem na fronteira a crise migratória de 2014.
O governador do Arizona, Doug Ducey, também anunciou o envio, a partir da próxima semana, de 150 soldados da Guarda Nacional para sua zona de fronteira.
Abbott e Ducey são republicanos, como a governadora do Novo México, Susana Martínez, que, sem dar ainda números, mostrou seu apoio.
Ainda falta por saber o nível de colaboração quarto estado que compartilha a fronteira com o México: Califórnia, cujos líderes democratas foram contra a maioria das medidas de imigração de Trump até o momento.
Trump ordenou na última quarta-feira a militarização da fronteira em uma tentativa de mostrar força sobre o que ele considera um aumento intolerável da imigração ilegal.
Ele não é o primeiro presidente americano que a enviar militares para a fronteira com o México: em 2006, George W. Bush mandou cerca de 6 mil membros da Guarda Nacional, e Barack Obama destinou 1,2 mil soldados quatro anos mais tarde.