Agência France-Presse
postado em 06/04/2018 06:59
Durban, África do Sul - O julgamento do ex-presidente sul-africano Jacob Zuma, acusado de corrupção em um rocambolesco caso de venda de armas ocorrido há duas décadas, foi adiado para 8 de junho, após uma breve audiência preliminar.
Zuma, de 75 anos, compareceu ao Palácio de Justiça, apenas dois meses depois de ter sido obrigado a renunciar ao cargo. A pedido da acusação e da defesa, o juiz adiou o julgamento para 8 de junho - uma "data provisória".
[SAIBAMAIS]A Justiça suspeita de que, em 1999, Zuma - então ministro e depois vice-presidente - tenha aceitado suborno por um contrato de armamento de 4,2 bilhões de euros (cerca de 5,16 bilhões de dólares) firmado pela África do Sul com várias empresas estrangeiras em 1999. Entre elas, está a francesa Thales.
Depois dessa primeira audiência, Zuma denunciou as acusações "políticas" contra ele. "Estas acusações foram anuladas e, agora, são relançadas. Está claro que são políticas", declarou Zuma, em zulu, diante das mais de mil pessoas que se reuniram diante do Palácio de Justiça de Durban.
Jacob Zuma se viu obrigado a abandonar a Presidência, após um longo confronto com o novo líder de seu partido, o Congresso Nacional Africano (CNA), Cyril Ramaphosa.
Este, que fez da luta contra a corrupção uma de suas bandeiras, sucedeu a Zuma à frente do país.