Milhares de professores ocuparam as ruas nesta segunda-feira (2/4) em Kentucky e Oklahoma para reivindicar um aumento dos salários e orçamentos para as escolas públicas.
Muitas aulas foram suspensas em vários centros desses dois estados americanos. Em alguns distritos, as escolas estão fechadas pelas férias de primavera, mas em outros as autoridades não encontraram substitutos suficientes.
Espera-se que os protestos reúnam cerca de 30 mil professores em Oklahoma e mais milhares em Frankfort, capital de Kentucky.
"Isso é o resultado de uma década de orçamento insuficiente nas escolas públicas. Nenhum aumento para estes abnegados educadores", disse à CNN Lily García, presidente da Associação Nacional de Educação (NEA), em referência à manifestação em Oklahoma.
Trata-se do último protesto de um movimento lançado por professores de escolas públicas depois de uma greve de nove dias em março na Virgínia Ocidental, que permitiu aos docentes desse estado obter o primeiro aumento salarial em quatro anos.
Em Kentucky, se reuniram em frente ao Parlamento local contra um projeto que modificará suas condições de aposentadoria e para demandar um maior financiamento para as escolas públicas.
Em Oklahoma, onde alguns professores asseguram se ver obrigados a ter um segundo emprego para sobreviver - como garçom em um restaurante ou cortando grama -, os educadores consideraram insuficiente um aumento salarial médio de 6.100 dólares anuais.
Oklahoma faz parte dos 12 estados que reduziram drasticamente o orçamento para a educação após a crise de 2008 e que não voltaram a aumentá-lo apesar da recuperação de suas economias, de acordo com o Centro de Orçamento e Prioridades Políticas, uma organização de esquerda com sede em Washington.