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Trump rejeita emenda constitucional para limitar porte de armas

A Segunda Emenda da Constituição é considerada sagrada pelos defensores do porte de armas

Agência France-Presse
postado em 28/03/2018 14:12
O presidente dos EUA, Donald Trump

Washington, Estados Unidos -
O presidente Donald Trump rejeitou, nesta quarta-feira (28/3), o pedido de um ex-juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos de revogar a Segunda Emenda da Constituição do país, que garante o direito ao porte de armas.

"A segunda emenda nunca será derrogada", tuitou Trump, rebatendo a proposta do ex-juiz John Paul Stevens.

"Por mais que os democratas quisessem que isso acontecesse, e apesar das palavras do ex-juiz da Suprema Corte Stevens ontem, NÃO VAI ACONTECER DE JEITO NENHUM. Precisamos de mais republicanos em 2018 e SEMPRE temos que ter a Suprema Corte", acrescentou Trump.

A sugestão de Stevens foi feita ontem em um artigo de opinião no jornal "The New York Times" três dias depois da "Marcha por nossas vidas", uma série de protestos nacionais, os maiores em duas décadas, para reivindicar maior controle das armas. O movimento veio em resposta ao trágico tiroteio na escola de Ensino Médio de Parkland, na Flórida, no dia de São Valentim, episódio que deixou 17 mortos.

Stephens, de 97 anos, indicado para a Suprema Corte pelo presidente republicano Gerald Ford em 1975, afirma que "raras vezes na minha vida vi um tipo de compromisso cívico tão forte..." como o demonstrado pelos estudantes e simpatizantes nas mobilizações em todo país.

Nesse sentido, ele considerou que os protestos "revelam o amplo apoio público à legislação para minimizar o risco de assassinatos em massa de crianças em idade escolas e de terceiros".

Ele defende que os ativistas - que pedem a proibição de rifles de assalto e alteração da idade legal para a compra de armas de fogo para 21 - vão além em suas reivindicações: "Os manifestantes deveriam buscar uma reforma mais eficaz e duradoura. Deveriam pedir uma revogação da Segunda Emenda".

A Segunda Emenda da Constituição é considerada sagrada pelos defensores do porte de armas. Entre os argumentos usados contra os lobbies das armas, está que, na época da adoção da emenda, não havia nenhuma arma minimamente parecida com os fuzis de assalto modernos.

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