"É muito lamentável que Julian Assange fique na embaixada do Equador", declarou Duncan na Câmara dos Comuns.
"É hora desse verme miserável sair da embaixada e se entregar à justiça britânica", acrescentou.
O comentário de Duncan foi uma reação aos tuítes postados na segunda-feira pelo fundador do WikiLeaks nos quais ele criticava a expulsão coordenada de diplomatas russos pelos países ocidentais apenas "12 horas depois de um dos piores incêndios da história pós-soviética", em um shopping na Sibéria ocidental que deixou pelo menos 64 mortos.
Assange, de 46 anos, se refugiou em junho de 2012 na embaixada do Equador para escapar de uma extradição para a Suécia. Este país tinha uma ordem de prisão contra Assange desde 2010 por acusações de violação e agressão sexual, mas arquivou o caso em maio de 2017. Um tribunal londrino negou em fevereiro o pedido de suspensão do efeito da ordem de prisão contra Assange, alegando que o australiano não respeitou as condições de sua liberdade condicional.
Assange teme ser extraditado e julgado nos Estados Unidos pela publicação pelo WikiLeaks em 2010 de milhares de documentos secretos militares e diplomáticos americanos.
O governo equatoriano anunciou no final de fevereiro que o projeto de mediação proposto ao Reino Unido está "em ponto morto".
Quito concedeu em dezembro a nacionalidade equatoriana a Assange, mas Londres se negou a dar o salvo-conduto diplomático que o permitiria deixar a embaixada sem ser preso.