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Kuczynski ameaça retirar renuncia e enfrentar processo de impeachment

A decisão do presidente do Peru vem depois que o parlamento divulgou uma resolução que o declara traidor da pátria

Pedro Pablo Kuczynski, que renunciou à presidência do Peru na última quarta-feira (21/3), ameaça voltar atrás em sua decisão e passar por um extenso processo de impeachment, se o Parlamento aprovar um texto que o declara traidor da pátria.

Em sua conta no Twitter, Kuczynski afirmou: "Inaceitável a proposta de resolução legislativa do Congresso que tenta apresentar como vacância uma renúncia. Se for assim, retiro minha carta e me submeto ao procedimento regular de vacância no qual exercerei meu direito de defesa."

O texto da resolução que circula pela imprensa local e cuja existência foi confirmada pelo presidente do Parlamento, Luis Galarreta, informa que Kuczynski "traiu o país no desempenho dos cargos públicos que ele exerceu durante toda a sua vida".

Galarreta, do Força Popular, maior partido de oposição, disse à rádio local RPP que "qualquer erro que este projeto tenha será corrigido".

É esperado que o sucessor de Kuczynski, o vice-presidente Martín Vizcarra, tome posse da presidência ainda hoje.