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Polícia dos EUA busca responsável por pacotes-bomba no Texas

A polícia assegura que quem realizou os ataques é alguém com "certa técnica"

A polícia de Austin, no Texas, procurava nesta terça-feira (13/3) um fabricante de bombas, enquanto a cidade continua consternada pela série de pacotes explosivos enviados a diferentes moradias que mataram duas pessoas nos últimos dias.

Os investigadores, entretanto, não anunciaram avanços significativos na identificação de algum suspeito e aumentaram a recompensa por qualquer informação de 15.000 a 65.000 dólares.

A polícia assegura que quem realizou os ataques é alguém com "certa técnica", já que "para ser capaz de construir um aparato como este e entregá-lo a seu alvo sem que exploda durante a fabricação e o percurso, é preciso certo nível de sofisticação", assegurou o chefe da polícia de Austin, Brian Manley, na Fox News.

Manley reconheceu ontem que há possíveis vínculos entre as duas vítimas fatais, já que ambos tinham relação com a igreja afro-americana de Austin, e assegurou que os investigadores estavam seguindo essa pista.

O Washington Post informou que uma das pessoas assassinadas era o enteado de um ex-pastor de uma histórica igreja afro-americana em Austin, enquanto o outro era neto de um amigo próximo ao mesmo pastor.

"Alguém conhecia a conexão", afirmou o pastor aposentado Freddie Dixon ao jornal. "Não é coincidência".

"Uma das coisas que tentamos entender é se há conexão entre todas as vítimas", afirmou Manley.

"Não vamos ignorar o fato de que as três vítimas que foram alvos específicos, que a gente saiba, eram pessoas de cor", acrescentou o chefe policial.

Cerca de 100 agentes de diferentes agências trabalham no caso.

"Estaremos aqui até resolvermos isso, assegurando que não há outros aparatos explosivos na cidade", afirmou o agente especial do FBI Christopher Combs.

A ATF informou que busca partes de aparatos explosivos na cena do crime e que tentará de reconstruir os pacotes em um laboratório da Califórnia.

A polícia recebeu 265 ligações de cidadãos que denunciavam pacotes suspeitos, mas todas as informações foram alarmes falsos, segundo Manley.