Como acontece todos os anos, uma cerimônia oficial aconteceu em Tóquio, na presença do primeiro-ministro Shinzo Abe, do príncipe Akishino - filho mais novo do imperador Akihito - e de sua esposa Kiko, ambos como representantes do casal imperial, e de sobreviventes da tragédia.
Nas áreas afetadas, na região nordeste do país, os moradores também respeitaram um minuto de silêncio.
"Expresso minhas condolências aos que perderam seus familiares e seus amigos queridos", declarou Abe, antes de passar a palavra aos moradores.
No grupo de sobreviventes estava Hideko Igarashi, uma mulher de 70 anos e nascida em Fukushima. Em um discurso emocionado, ela pediu que "nunca esqueçam o que aprendemos do desastre".
"Me agarrei a uma árvore, mas fui arrastada pela onda. Meu marido foi levado, gritou ;Hideko; três vezes", disse. "Lamento não ter pedido para que fugisse antes".
Um total de 18.434 pessoas morreram ou desapareceram no terremoto de 9 graus de magnitude e no posterior tsunami que devastaram o país há sete anos.
Além disso, mais 3.600 pessoas, em sua maioria de Fukushima, faleceram em consequência da catástrofe, por doenças ou suicídio.
O acidente da central nuclear de Fukushima é o mais grave da história desde a tragédia de Chernobyl, na União Soviética em 1986, apesar de oficialmente não ter provocado mortes diretas. Também deixou mais de 73.000 deslocados, que foram obrigados a abandonar suas casas por causa da radiação.
Após a cerimônia em Tóquio, os 820 presentes foram convidados a depositar uma flor branca diante de um monumento ao lado da bandeira japonesa com a frase: "Às almas das vítimas da grande catástrofe do leste do Japão".