"Eu nunca mudei a constituição, não fiz para meu benefício e não tenho tais planos agora", declarou em entrevista ao canal americano NBC.
O presidente russo foi questionado sobre o interesse de seguir o exemplo do presidente chinês, que aspira mandatos ilimitados.
Alguns críticos acusam Putin, eleito pela primeira vez em 2000 e que aspira o quarto mandato, de querer permanecer no poder por tempo indeterminado.
Em 2008, Putin se tornou primeiro-ministro, mas manteve o controle sobre o poder, ao colocar um protegido, Dmitri Medvedev, na presidência. Putin retornou ao Kremlin em 2012, apesar dos protestos organizados pela oposição.
Vladimir Putin afirmou que desde o ano 2000 pensa em um potencial sucessor.
"Não tem problema pensar, mas no fim será o povo russo que decidirá", declarou.
Ao ser questionado sobre seu principal opositor, Alexei Navalny - que não pode ser candidato por uma condenação judicial que ele considera orquestrada pelo Kremlin -, Vladimir Putin se recusou a citar seu nome, como sempre faz em público. Preferiu falar de "algumas forças políticas".
Estas forças "expõem os problemas e isto é algo bom, algo justo. Mas não é suficiente para o desenvolvimento do país (...) Chamar a atenção para os problemas não é apenas insuficiente, é inclusive perigoso, e pode levar a uma certa destruição. E nós precisamos de criação", concluiu.