O presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, se reunirão até o mês de maio para debater o desarmamento nuclear na Península coreana, confirmou nesta quinta-feira (8/3) a Casa Branca.
Trump "aceitará o convite para se encontrar com Kim Jong-Un (...) em local e data que ainda serão definidos", disse a porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders, acrescentando que Washington busca eliminar as armas nucleares da Coreia do Norte.
A porta-voz destacou que apesar do anúncio, "todas as sanções e a máxima pressão continuarão" sobre a Coreia do Norte.
Sanders confirmou assim a informação do assessor de Segurança Nacional da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, de que "o presidente se reuniria com Kim Jong Un até o mês de maio para alcançar uma ;desnuclearização; permanente" da Península coreana.
Chung Eui-yong integrou a delegação de alto nível da Coreia do Sul que manteve um histórico encontro em Pyongyang com a liderança norte-coreana. Durante a reunião, Kim informou sua disposição de renunciar ao programa de armas nucleares em troca de garantias internacionais a sua segurança.
Após o anúncio de seu encontro com o líder norte-coreano, Trump saudou no Twitter os "grandes progressos" obtidos para persuadir a Coreia do Norte a acabar com seu programa nuclear.
"Kim Jong-Un conversou sobre ;desnuclearização; com os representantes sul-coreanos, e não apenas sobre um congelamento" das atividades nucleares. "Estamos obtendo grandes progressos, mas as sanções permanecerão até que haja um acordo", escreveu Trump.
Em entrevista coletiva na Casa Branca, Chung Eui-yong revelou que "teve o privilégio de informar ao presidente Trump sobre sua recente visita à Coreia do Norte (...) e lhe expliquei que sua liderança e sua política de pressão máxima, junto à solidariedade internacional, nos levaram a esta conjuntura".
"Expressei a gratidão pessoal do presidente (sul-coreano) Moon Jae-in pela liderança do presidente Trump".
"Disse ao presidente que em nosso encontro com o líder norte-coreano ele se declarou comprometido com a ;desnuclearização; (...) e indicou que evitará novos testes nucleares ou de mísseis".
"Junto com o presidente Trump, estamos otimistas sobre prosseguir com um processo diplomático para tentar uma solução pacífica (...), mas para se evitar os erros do passado a pressão continuará até que a Coreia do Norte transforme suas palavras em ações concretas", declarou Chung.
Logo após o anúncio, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, declarou que "aprecia enormemente a mudança da Coreia do Norte para iniciar conversações sobre a premissa de eliminar as armas nucleares".
Shinzo Abe, que planeja viajar aos Estados Unidos em abril para se reunir com Trump, celebrou o anúncio como "um sucesso da cooperação entre (...) Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul para manter a pressão" sobre os norte-coreanos.
"Não há mudança na política de Japão e Estados Unidos. Vamos seguir exercendo uma pressão máxima até que a Coreia do Norte adote ações concretas para eliminar suas armas nucleares de uma forma perfeita, verificável e irreversível".