Seul, Coreia do Sul - Representantes das duas Coreias terão um encontro na aldeia fronteiriça de Panmunjeom no fim de abril, e a Coréia do Norte está disposta a envolver os Estados Unidos, informou o chefe do Escritório de Segurança Nacional do Sul, Chung Eui-yong, nesta terça-feira (6/3). Ele liderou a delegação de cinco integrantes enviados ao Norte, na segunda-feira, quando, em um juntar com o líder norte-coreano Kim Jong-un, ficou acertada a cúpula, na Casa da Paz, no lado sul-coreano de Panmunjeom.
[SAIBAMAIS]Ao retornar ao Sul, na noite desta terça-feira (6/3), Chung informou o presidente Moon Jae-in, que avaliou os resultados da viagem como positivos e revelou o acordo de cinco pontos alcançado no dia anterior. O acordo, que a imprensa oficial do Norte descreveu como "satisfatório", enfoca a flexibilização das tensões e a desnuclearização.
Chung Eui-yong também afirmou que o Norte "declarou claramente a vontade de desnuclearizar", e que o regime considera desnecessárias as armas nucleares desde que sua segurança seja garantida. "O lado norte-coreano expressou que eles têm a intenção de falar francamente com os EUA para discutir a questão da desnuclearização e para normalizar as relações entre a Coreia do Norte e os EUA", ressaltou
Chung.
Testes nucleares suspensos
Pelo acordo proposto, a Coreia do Norte também cessará os testes de mísseis nucleares e os dois lados estão envolvidos em negociações e estabelecem uma linha direta de comunicação entre os líderes dos dois lados.
Chung disse que Kim Jung-un não fez nenhuma demanda particular em nome de Pyongyang e que o líder norte-coreano "entendeu que os exercícios conjuntos da Coréia do Sul e EUA seriam retomados em uma escala similar aos anos passados".
Chung, no entanto, se recusou a comentar as declarações de Kim sobre a desnuclearização. A autoridade sul-corerana disse apenas que o líder norte-coreano afirmou que a desnuclearização da península era "o desejo moribundo de nossos antepassados" e que esse desejo permanece inalterado.
"O Norte não tinha nenhuma exigência particular sobre a gente (Coréia do Sul) ou de outros países. (Kim) expressou seus desejos de ser considerado um parceiro sério no diálogo ", disse Chung.
Chung e Suh Hoon, diretor do Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul, visitarão os EUA esta semana para explicar os resultados da reunião com o Norte.