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Regime sírio permanece bombardeando o reduto de Guta Oriental

Desde que as forças de Bashar Al-Assad lançaram os ataques contra o reduto rebelde, em 18 de fevereiro, cerca de 800 pessoas morreram, entre elas 177 crianças

, no noroeste da Síria, matando seus 32 ocupantes, segundo o Exército russo.

"Em 6 de março, por volta das 15h (9h de Brasília), um avião de transporte An-26 caiu no aeródromo de Hmeimin. Segundo informações preliminares, transportava 26 passageiros e seis tripulantes", informou o Ministério da Defesa russo, citado por agências de notícias.

"A catástrofe, segundo as primeiras informações, deveu-se aparentemente a um problema técnico", acrescentou a mesma fonte, indicando que a aeronave caiu a 500 metros da pista de pouso da base russa e que não foi alvo de tiros.

Uma comissão do Ministério da Defesa vai analisar "todas as versões possíveis do que aconteceu", aponta o comunicado.

E, em outras frentes de batalha, cerca de 1.700 integrantes da coalizão curdo-árabe que combate o grupo Estado Islâmico (EI) no nordeste da Síria serão mobilizados em Afrin. Esse enclave curdo ao noroeste tem sido alvo de uma ofensiva turca desde janeiro, como anunciaram nesta terça-feira as Forças Democráticas Sírias (FDS).

"Tomamos a difícil decisão de retirar os combatentes do subúrbio de Deir Ezzor e das frentes anti-EI para movê-los em Afrin", indicou à AFP Abu Omar al-Idlebi, responsável militar das FDS, apoiadas pelos Estados Unidos, em uma entrevista coletiva em Raqa.

"Nosso povo em Afrin é nossa prioridade e sua proteção é mais importante do que as decisões tomadas pela coalizão internacional", aliada das FDS na guerra contra o Estado Islâmico, acrescentou.

Violência sem fim
A brutal ofensiva contra o último grande território rebelde perto da capital é a última do governo em sete anos de guerra civil.

Na semana passda, as tropas oficiais avançaram muito rapidamente nas terras agrícolas de Ghuta Oriental, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Até a manhã desta terça-feira, as forças sírias controlavam 40% desse enclave, segundo a ONG.

O comboio humanitário que entrou na segunda-feira na parte rebelde de Ghuta Oriental teve de interromper sua operação de entrega de ajuda devido aos bombardeios do regime contra o enclave.

O objetivo das entregas era ajudar cerca de 30.000 dos 400.000 habitantes do enclave, que sofrem com a escassez de alimentos e de remédios.

A Síria está mergulhada desde 2011 em uma guerra cada vez mais complexa, que matou mais de 340 mil pessoas.