Agência France-Presse
postado em 20/02/2018 06:59
Caracas, Venezuela - O governo da Venezuela iniciou na madrugada desta terça-feira a pré-venda do Petro, criptomoeda lançada pelo presidente Nicolás Maduro diante dos graves problemas de liquidez que levaram o país a ser declarado em moratória parcial. "Damos início formal, de maneira exitosa, à implementação de nosso criptoativo, o Petro, e seu processo de pré-venda", anunciou o vice-presidente Tareck El Aissami pouco depois da meia-noite.
[SAIBAMAIS]Suas palavras foram o ponto de partida para uma pré-venda privada de 38,4 milhões de petros, sobre uma emissão de 100 milhões, que prosseguirá até 19 de março. No dia 20 de março acontecerá a oferta inicial pública de outros 44 milhões e o restante, 17,6 milhões, será reservado ao Estado.
O ;White Paper; (;Livro Branco;) do Petro estabeleceu em 60 dólares o "preço de venda de referência" da moeda virtual, equivalente ao preço de um barril de petróleo venezuelano - cujas reservas respaldarão a moeda - em meados de janeiro. No entanto, esclarece que esse valor estará "sujeito a mudanças de acordo com as flutuações do mercado de petróleo".
O ;White Paper; (;Livro Branco;) do Petro estabeleceu em 60 dólares o "preço de venda de referência" da moeda virtual, equivalente ao preço de um barril de petróleo venezuelano - cujas reservas respaldarão a moeda - em meados de janeiro. No entanto, esclarece que esse valor estará "sujeito a mudanças de acordo com as flutuações do mercado de petróleo".
Maduro espera que o Petro abra "novas vias de financiamento" ante as sanções de Washington contra a Venezuela, que proíbem a cidadãos e empresas americana negociar títulos da dívida emitidos pelo país e a empresa de petróleo PDVSA. Mas analistas consideram que as distorções da economia venezuelana, com elevado gasto público e hiperinflação (projeção de 13.000% pelo FMI para 2018), impedem as possibilidades de sucesso.