Kelly, um ex-general do corpo de Marines, propôs uma série de mudanças com o objetivo de limitar as autorizações temporárias de segurança, mas que parecem também destinadas a traçar um linha após o escândalo em torno de Rob Porter.
Porter, que tinha acesso diário ao Salão Oval e manejava documentos confidenciais, teve de renunciar este mês após acusações de que batia em uma de suas duas ex-esposas.
Durante meses, o FBI soube das acusações e notificou a Casa Branca, mas ele continuou tendo acesso a segredos de Estado e a reuniões confidenciais.
A situação de Porter poderia tê-lo feito objeto de chantagem. "Poderíamos - e no futuro, devemos - trabalhar melhor", escreveu Kelly em um memorando ao pessoal, acrescentando que "os eventos recentes expuseram algumas carências persistentes".
Um comitê do Congresso investiga o caso. Entre as mudanças recomendadas por Kelly, estão priorizar os casos mais urgentes e melhorar a troca de informações entre o FBI e a Casa Branca.
A medida parece ameaçar a posição do genro e assessor do presidente Donald Trump, Jared Kushner, que tem uma autorização provisória.
Em declaração à AFP, seu advogado disse que "não houve preocupações" com o pedido de autorização de Kushner.
"Minhas consultas com os envolvidos confirmaram novamente que há uma dúzia, ou mais, de pessoas no nível do sr. Kushner, cujo processo está atrasado. Não é raro que esse processo leve tanto tempo em uma nova administração", disse o advogado Abbe Lowell.
"A nova política anunciada pelo general Kelly não afetará a capacidade do sr. Kushner para continuar fazendo o muito importante trabalho que lhe foi designado pelo presidente", completou.