O governo de May afirma querer um acordo comercial único, diferente do dos noruegueses, mas nas últimas semanas recebeu críticas por não especificar mais. Davis se defendeu: "Nós dissemos que queremos um grande acordo, um acordo que nos permita chegar a acordos (comerciais) com o resto do mundo".
Além disso, o governo britânico quer estabelecer uma fase de transição para que a saída não seja tão abrupta, mas a UE exige que, neste período, os cidadãos europeus que se instalem no Reino Unido gozem dos mesmos direitos, algo que May diz não estar disposta a aceitar.
"Há uma diferença entre aqueles que chegaram antes de sairmos e aqueles que chegaram sabendo que estávamos saindo", disse a primeira-ministra à imprensa em uma viagem à China. Barnier insistiu nesta segunda-feira que não haverá exceções.
"O governo britânico decidiu que a saída (da UE) será em 29 de março de 2019. É sua decisão soberana. May pediu para se beneficiar do mercado único e da união aduaneira por um pouco de tempo depois", disse o diplomata francês. No entanto, acrescentou Barnier, "as condições são muito claras: todos devem seguir as mesmas regras durante a transição".