"O que conta para nós é que todo mundo reconheça que os Estados Unidos são essenciais para que um processo (de paz) tenha chances reais de ter sucesso, mas também que nossos amigos americanos compreendam que será mais difícil alcançar alguma coisa sozinhos", continuou.
"Nada sem os Estados Unidos, mas nada quando os Estados Unidos agirem sozinhos", disse a chefe da diplomacia europeia. Acrescentou que espera que a reunião possibilite "restaurar um pouco a confiança entre as partes".
Trump mandou para esta reunião de doadores para a Palestina seu enviado especial para o Oriente Médio, Jason Greenblatt, e a Autoridade Palestina o seu primeiro-ministro, Rami Hamdallah. Israel deslocou seu ministro para a Cooperação Regional, Tzachi Hanegbi.
Os ministros das Relações Exteriores de Marrocos, Egito, Jordânia e o vice-ministro das Relações Exteriores da Turquia também estavam presentes.
Mogherini também anunciou que a UE desbloqueou uma nova ajuda, de 42,5 milhões de euros, "inclusive para atividades em Jerusalém Oriental, e para construir um Estado palestino democrático".
Na terça-feira, o enviado especial da ONU no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, advertiu que a Faixa de Gaza, que está sob bloqueio, está à beira "de um desmoronamento total".
Mladenov, que compareceu à reunião de doadores em Bruxelas, considerou que salvar Gaza de um desastre passa pela restauração do poder da Autoridade Palestina nesse território, controlado atualmente pelos islamitas do Hamas.
Sem essa transferência de poderes, "Gaza pode explodir novamente, de maneira ainda mais violenta e sangrenta do que no passado", advertiu.
"Um apoio financeiro maior é urgente", disse em Bruxelas a ministra norueguesa das Relações Exteriores, Ine Eriksen Soreide, que copresidiu a reunião com Mogherini.