Um homem de 33 anos, suspeito de preparar um atentado e que havia jurado lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico em um vídeo, foi detido e teve a prisão provisória decretada neste sábado (20), informaram à AFP fontes judiciais e próximas à investigação.
O homem, que não era conhecido dos serviços de segurança franceses, foi detido na terça-feira na região de Nimes (sul), em posse de produtos para fabricar explosivos, embora não tenha sido possível identificar ainda seus possíveis alvos, segundo as fontes.
"Trata-se do primeiro atentado frustrado desde o começo do ano pela Direção Geral de Segurança interior", declarou à AFP uma fonte próxima às investigações.
O homem, a princípio sem antecedentes criminais, compareceu neste sábado perante o juiz, que o acusou de "formação de quadrilha com objetivo terrorista criminoso".
Segundo os primeiros indícios, o suspeito "estava elaborando o projeto para passar ao ato violento", indicou.
"A investigação começou mediante uma operação de vigilância nas redes sociais, nas quais os policiais detectaram um homem que queria comprar uma arma na região de Nimes e que fazia declarações islamitas", segundo a fonte consultada.
Entre os produtos apreendidos com ele havia "um tubo recheado com pólvora e um pavio", assim como vários vídeos, entre os quais um em que o suspeito jurava fidelidade ao líder do EI, Abu Bakr Al Bagdadi, com a bandeira preta da organização extremista ao fundo.
Em 2017 foram frustrados vinte atentados na França, afirmou no começo de janeiro o ministro do Interior, Gérard Collomb.
O EI reivindicou dois ataques: um em 20 de abril na avenida Champs Elysées e outro em 1; de outubro, em Marselha. As vítimas dos dois atentados somaram três mortos.