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Papa Francisco se despede do Chile com missa em cidade de imigrantes

O Chile é um país que recebe muitos imigrantes, principalmente por sua fronteira norte, por onde há um intenso e irregular ingresso de estrangeiros


Ao contrário de outros países visitados na região em suas cinco viagens anteriores, a do Chile não foi das mais fáceis. O Papa encontrou um país hostil à Igreja católica da América Latina, com uma secularização crescente e malvista pelos abusos sexuais do clero em relação a menores de idade.

Em seguida, Francisco partirá para a segunda etapa de sua viagem, o Peru, onde permanecerá três dias e visitará Puerto Maldonado, em plena Amazônia, Trujillo e Lima. O sumo pontífice terá a oportunidade de venerar as relíquias de seus santos favoritos no domingo, na Catedral de Lima, um dia depois de prestar tributo a três sacerdotes - dois poloneses e um italiano -, assassinados pela guerrilha maoísta do Sendero Luminoso.

San Martín de Porres (1579-1639), o frade dominicano negro representado com uma escova na mão como símbolo de humildade, é um dos santos favoritos do Papa, segundo o padre jesuíta Ernesto Cavassa, reitor da Universidade Antonio Ruiz de Montoya. Já Toribio de Mogrovejo (1538-1606) seria o santo mais admirado por Francisco, por sua dedicação total à missão pastoral. O Papa venerará ainda as relíquias de Santa Rosa de Lima (1586-1617).

Além disso, será presenteado com um arco e flecha por uma comunidade indígena do Peru, que pedirá ao Papa que os defenda e os ajude a reclamar junto ao governo peruano as terras ancestrais de que foram despojados.

A tribo Ese Eja Palma Real é uma comunidade de 230 habitantes. O acesso a ela é feito por uma viagem de duas horas em barco pelo Amazonas, partindo da cidade de Puerto Maldonado, no sudeste do país. É nessa localidade que o Papa se reúne, nesta sexta-feira (19), com 3.500 indígenas peruanos, brasileiros e bolivianos.