O ministro do Interior, o general Néstor Reverol, incluiu Pérez, de 36 anos, na lista de "sete terroristas mortos" - entre eles uma mulher - e mostrou suas fotografias, durante um anúncio na televisão oficial.
"Diante de uma agressão que colocou em risco a vida, o procedimento foi neutralizar o grupo agressor com o lamentável balanço de sete terroristas mortos", assegurou Reverol, ao justificar a resposta dos comandos especiais que participaram da chamada "Operação Gedeón".
Reverol detalhou que outros seis membros do grupo de Pérez, quatro homens e duas mulheres, estão "detidos, sendo processados neste momento", enquanto dois policiais morreram e oito ficaram feridos.
"Apesar de todas as tentativas de alcançar uma solução pacífica e negociada, este grupo terrorista iniciou de maneira dissimulada (...) um confronto que deixou dois mortos e oito oficiais feridos", acrescentou.
Acompanhado de altos comandos militares e policiais, o ministro assegurou que os "atos cometidos por este grupo criminoso qualificam" como "terrorismo, constituindo claros e flagrantes ataques contra a institucionalidade democrática".
Pérez era o homem mais procurado pelas forças de segurança da Venezuela desde que, em 27 de junho, sobrevoou Caracas em um helicóptero da Polícia com alguns de seus homens e lançou quatro granadas contra o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). Também disparou contra o Ministério do Interior.
O ataque, que não deixou vítimas, ocorreu em meio a uma onda de protestos contra Maduro que deixou 125 mortos entre abril e julho de 2017.
Sete meses depois, comandos especiais da Polícia e a Força Armada realizaram na manhã de segunda-feira uma intensa operação de captura contra o ex-policial e seus homens, os quais foram encurralados em uma casa na estrada para El Junquito, 25 quilômetros a noroeste de Caracas.
Pouco antes do relatório do ministro, diante do silêncio mantido pelo governo sobre o destino de Pérez, seus familiares clamavam por uma "prova de vida".
Em 15 vídeos que divulgou no Instagram durante a operação, o piloto havia acusado as autoridades de querer matá-los usando lança-granadas, embora quisessem se entregar.