Mais de 3,6 milhões de casas no Peru, 47% do total, foram construídas com barro, pedra e madeira, materiais vulneráveis em caso de terremoto, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Informática em uma pesquisa de 2014.
A vítima morreu no distrito de Yauca, província de Caravelí. Patrulhas de socorristas trabalhavam naquela região, segundo a Defesa Civil. "Ajuda humanitária está sendo levada em um avião militar até as zonas atingidas, e estamos levando barracas para os desabrigados", informou Chávez.
Falta de luz, vias bloqueadas
A presidente do Conselho de Ministros, Mercedes Aráoz, informou em entrevista coletiva que será declarada emergência nas áreas mais afetadas, para iniciar imediatamente a reconstrução de casas e vias.
Muitas pessoas em Lima, Arequipa e outras cidades peruanas foram despertadas pelo terremoto. "Aqui na clínica, o tremor foi sentido por um bom momento", relatou um paciente de um hospital particular de Lima.
Em Arequipa, muitas pessoas foram para as ruas, de acordo com mensagens publicadas nas redes sociais.
Santiago Neyra, prefeito de Caravelí, uma das áreas afetadas, disse que algumas casas de alvenaria desabaram, a maioria em Lomas.
"Foi suspensa a circulação de veículos. Não há combustível em Jaquí e Acari, Bella Unión, Yauca, Chala, Atiquipa. Em Caravelí, há várias casas derrubadas e em condições inabitáveis, mas até agora não foram registradas vítimas", explicou.
Em algumas estradas da região de Arequipa, houve deslizamento de pedras, que fecham as vias. Por isso, "os veículos só circulam em um dos sentidos da estrada", apontou.
O comandante Alberto Rojas, chefe da Polícia Rodoviária em Arequipa, disse que uma ponte no distrito de Yauca sofreu danos em sua estrutura.
O Peru está localizado no chamado Cinturão de Fogo do Pacífico, uma área de forte atividade sísmica.
O último grande terremoto no Peru foi registrado em 15 de agosto de 2017, na região de Ica, 325 km ao sul de Lima, com magnitude de 7,9 graus, e deixou mais de 500 mortos, 2290 feridos e 76 mil residências destruídas. Um total de 431 mil pessoas foram afetadas.
O Papa Francisco chegará ao Peru na quinta-feira para uma visita pastoral de três dias, depois de visitar o Chile. Não está previsto que ele visite o sul do país - seu trajeto passa por Lima, Amazônia e norte do Peru.