Citando diferentes fontes anônimas, o Post informa que Trump se referia aos países africanos, ao Haiti e a El Salvador, dando preferência, em seu lugar, a cidadãos noruegueses.
Pelas reações nas redes sociais, os habitantes do rico país nórdico, oficialmente declarado no ano passado o país mais feliz do mundo, não seriam muito propensos a atravessar o Atlântico.
"Sou um norueguês que apreciou estudar e trabalhar nos EUA. A única coisa que me levaria a emigrar para os EUA é sua animada sociedade multicultural. Não acabem com ela", declarou Jan Egeland no Twitter, dirigindo-se a Donald Trump.
Ex-secretário-geral adjunto das Nações Unidas, Egeland atualmente dirige o Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC).
"Como norueguês, por que mudaria cuidados médicos (incluindo de saúde mental) muito acessíveis, um Ensino Superior muito acessível, 49 semanas de licença parental (combinadas entre o pai e a mãe) e pelo menos 25 dias de férias ao ano, por um louco com um grande botão [nuclear] que quer me privar dos meus direitos?", reagiu um usuário no Twitter.
Outros condenaram a agressividade das declarações do magnata nova-iorquino.
Para Andreas Wiese, renomado comentarista norueguês, estas palavras permitem "pôr em evidência o racismo" de Donald Trump.
Segundo o instituto de estatísticas norueguês SSB, 502 noruegueses emigraram para os Estados Unidos em 2016, ou seja, 59 a menos do que no ano anterior.
"Serão mais numerosos agora?", questiona o instituto. As estatísticas oficiais mostram que, na realidade, o número de americanos que se mudaram para a Noruega é maior - e não o contrário.
O Ministério norueguês das Relações Exteriores não quis comentar o assunto.