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Atentam contra igrejas católicas em Santiago antes de visita do papa

"Papa Francisco, as próximas bombas serão na sua batina", podia-se ler em um panfleto encontrado na igreja Santa Isabel de Hungria, onde ocorreu o primeiro ataque

O comandante da Polícia chilena, Gonzalo Araya, culpou "grupos anarquistas" destes ataques que causaram danos menores.

Os atentados "têm semelhanças, mas não necessariamente estão relacionados uns com os outros", afirmou o subsecretário de Interior e Segurança, Mahmud Aleuy, confirmando que "o governo apresentará uma ação nas próximas horas por infração à lei de armas" após visitar dois dos três templos atacados.

A poucos dias da chegada do papa, que na segunda-feira inicia uma visita de três dias ao Chile, o arcebispo de Santiago se declarou penalizado "por estes feitos, que contradizem o espírito de paz que anima a visita do papa ao país".

Para a presidente Michelle Bachelet, esses ataques são "muito estranhos, porque não é algo que alguém possa identificar, como um grupo específico, se chama ;corpos livres;".

A segurança de Francisco é um quebra-cabeças para os organizadores da viagem, já que além dos percursos no papamóvel, ele celebrará missas em Santiago e nas cidades de Temuco e Iquique, nas quais são esperadas 1,2 milhão de pessoas.

Francisco chegará a um Chile onde 59% da população se declara católica - em constante queda -, mas que vive uma "secularização acelerada" desde a revelação dos casos de abusos sexuais de sacerdotes, segundo um estudo da consultora Latinobarómetro divulgado nesta sexta-feira.

A avaliação do pontífice e da Igreja Católica no Chile é a pior da América Latina.

Enquanto na região a média de avaliação o papa é de 6,8 (de zero a 10), no Chile é de 5,3, e apenas 36% dos chilenos dizem "confiar" na instituição.

O "Chile é o país que mais desconfia da Igreja", disse Marta Lagos, diretora da Latinobarómetro, em coletiva de imprensa.