Se toda a carga do petroleiro for descarregada no mar, será uma das piores marés negras das últimas décadas. "Mas nenhum vazamento de petróleo significativo na superfície foi detectado", informou o ministério, que havia mencionado anteriormente "um risco de explosão ou naufrágio" do petroleiro, que ainda está em chamas.
"Com o navio em chamas, a maior parte da carga %u200B%u200Bdeve ser consumida e não derramada na água", estimou a organização ambiental Greenpeace em um comunicado enviado à AFP. "Mas se o navio virar antes que o petróleo seja completamente consumido, as operações de limpeza serão extremamente complicadas", acrescentou.
O petroleiro de bandeira panamenha, de 274 metros de comprimento, dirigia-se para a Coreia do Sul. Pertence à National Iranian Tanker Company (NITC), que administra a frota de petroleiros do Irã, segundo o ministério do Petróleo iraniano.
A outra embarcação envolvida na colisão, um cargueiro chinês com bandeira de Hong Kong, transportava 64 mil toneladas de cereais dos Estados Unidos para a China, de acordo com o ministério dos Transportes chinês. Os 21 membros da sua tripulação, composta de chineses, foram resgatados.
Trata-se da segunda colisão de um navio da NITC nos últimos anos. No verão de 2016, um superpetroleiro do operador iraniano se chocou com um cargueiro no Estreito de Cingapura, embora não tenha ocasionado vítimas nem provocado impacto no meio ambiente.
O Estreito de Cingapura é uma rota muito utilizada, o que aumenta o risco de colisão, como a ocorrida em agosto entre um petroleiro e o destróier americano "USS John McCain". Ainda assim, os acidentes em alto-mar seguem sendo incomuns.