Além disso, o SPD está muito dividido sobre a oportunidade de continuar a governar com os democratas-cristãos. Após a derrota nas eleições legislativas, a base do partido é mais favorável a uma guinada para a oposição e pode eventualmente descarrilar um possível acordo entre as lideranças partidárias.
O líder do SPD Martin Schulz, ex-presidente do Parlamento Europeu, assegurou neste domingo que "não traçou linhas vermelhas para as negociações" que espera que sejam "construtivas". "Mas queremos uma política tão vermelha quanto possível neste país", em referência à cor do seu partido.
A sessão de negociações que se inicia neste domingo deve durar cinco dias. Se derem resultado, se abrirá uma nova fase de negociações formais nas quais se fixarão políticas comuns e se definirão os ministérios, um trabalho que poderá durar muito mais tempo.
Os maiores obstáculos estão no SPD, cujos delegados se reunirão em 21 de janeiro no congresso para votar sobre o início ou não de negociações formais com os conservadores.
Em caso de fracasso, só restará a opção de um governo conservador minoritário, um cenário que não é bem visto por Angela Merkel, ou a realização de novas eleições.