A Justiça norueguesa rejeitou nesta quinta-feira (4/1) a demanda apresentada pelo Greenpeace e outras duas ONGs que se opunham à Noruega oferecer licenças petroleiras no Ártico, um caso que mostra que a luta contra as mudanças climáticas se dá cada vez mais nos tribunais.
Em um veredito que pode ter apelação, o tribunal de Oslo estimou que o Estado norueguês não violou a Constituição ao outorgar, em maio de 2016, concessões no Mar de Barents a 13 petroleiras, entre elas a nacional Statoil, as americanas Chevron e ConocoPhillips e a russa Lukoil.
O Greenpeace e as outras duas ONGs tinham denunciado a Noruega à Justiça, se valendo de uma recente disposição constitucional que garante o direito de todos a desfrutar de um meio-ambiente saudável.
O tribunal de Oslo reconhece este direito, mas concluiu que a atribuição de licenças de exploração petroleira não o viola.
O juiz estimou que a Noruega pode ser considerada responsável pela emissão de dióxido de carbono vinculado aos hidrocarbonetos que exporta para outros países.
O Estado nórdico é o maior produtor de petróleo e gás natural da Europa ocidental.