Weah afirma que acumulou experiência e aprendeu com os erros de suas duas intentos anteriores de chegar ao poder, em 2005 como candidato a presidente e em 2011 como aspirante à vice-presidência. Desde 2014 é senador pela província de Montserrado, a mais populosa do país, e escolheu como candidata a vice-presidente Jewel Howard-Taylor, ex-mulher do ex-presidente e ex-senhor da guerra Charles Taylor.
Vice-presidente da Libéria desde 2005, Joseph Boakai se apresenta como o candidato lógico à sucessão graças a seu papel na construção da paz no país, atingido por várias guerras civis. Boakai acusou Johnson-Sirleaf, membro de seu próprio partido, de apoiar Weah, uma tese provável depois que a presidente foi vista em um comício junto ao ex-jogador de futebol na semana passada.
O vice de 72 anos procura projetar uma imagem de homem das ruas que conseguiu superar as origens humildes e apagar seu pelido de "Sleepy Joe" (Joe Dorminhoco) por sua propensão de cochilar em atos públicos. Boakai prometeu que vai investir na infraestrutura e lutar contra a pobreza extrema em que vivem muitos liberianos.
Filho de uma família de seis irmãos, aprendeu desde cedo a cuidar de si mesmo e, superando as dificuldades, conseguiu trabalhar para pagar seus estudos. Ele tem o apoio dos eleitores mais velho, que valorizam a estabilidade que seu partido deu ao país depois dos horrores da guerra entre 1989 e 2003.
A presidente Ellen Johnson-Sirleaf deixará o poder em janeiro, após dois mandatos e 12 anos de governo. Ela trabalhou para reconstruir o país depois da guerra civil e supervisionou a resposta à crise do vírus Ebola (2014-16). Sirleaf, prêmio Nobel da Paz em 2011, não pode mais disputar a presidência após dois mandatos.