Embora o governo de Assad, apoiado pelo Exército russo, tenha agora a iniciativa sobre o terreno, o processo de solução política continua parado em Genebra, sob patrocínio da ONU, assim como por meio da iniciativa russa de acolher um grande congresso que reúna oposição e governo.
Se Damasco está disposto a aceitar eleições sob a supervisão da ONU, as negociações se chocam no destino de Assad, com o governo rejeitando discutir sua eventual partida, reclamada pela oposição.
O conflito na Síria, que começou em 2011 com a repressão de manifestações pacíficas, fez mais de 340.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.
"É hora de fazer o processo político avançar", advogou na quinta-feira o emissário da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, enquanto relacionava as perspectivas de solução à nova rodada de negociações de Genebra, na segunda quinzena de janeiro.
"Cada coisa em seu tempo", insistiu. Segundo ele, o processo de Astana deve se concentrar nas zonas de distensão alcançadas em reuniões anteriores, assim como sobre os assuntos relacionados aos presos e ao desminado das zonas de combate anteriores.