Mossul, que durante três anos foi a "capital" do grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque, comemorou nesta quinta-feira (14/12) a "vitória" sobre os extremistas com uma parada militar.
Milhares de policiais, militares e membros das forças do Hashd al-Shab (milícias), assim como uma centena de veículos blindados que participaram durante nove meses dos combates que terminaram com a derrota do EI em 10 de julho, desfilaram na zona leste da segunda maior cidade do Iraque.
A parte oeste de Mossul, cidade localizada no norte do Iraque sobre o rio Tigre, que divide a cidade, está em escombros, posto que a batalha foi particularmente violenta após os extremistas terem se entrincheirado nesta zona.
Esta parada militar constitui, a sua maneira, uma revanche sobre a terrível humilhação de junho de 2014, quando os extremistas tomaram a cidade quase sem resistência, após a retirada sem glória das forças iraquianas.
"Este desfile, o primeiro do seu tipo desde a libertação da cidade, tem um significado simbólico. É uma mensagem ao mundo de que Mossul se levantou e voltou ao Iraque", afirmou à AFP o chefe de Polícia da província de Nínive, da qual Mossul é capital, o general Wathaq al Hamadani.
As ruas estavam enfeitadas com flores e grinaldas, e o desfile era acompanhado por música.
O comandante da Brigada 7 do Hashd al-Shabi, xeque Omar Ibrahim, exortou "o governo federal e as autoridades locais a acelerar a reconstrução, reparar as pontes, permitir aos habitantes retornar e se reencontrar com sua vida normal".