Uma polêmica lei de Segurança Interna no México deu mais um passo na quarta-feira (14/12) para a aprovação no Congresso, apesar das críticas à iniciativa que regulamenta a mobilização militar contra o crime organizado.
Há duas semanas, a Câmara dos Deputados aprovou a iniciativa e o presidente Enrique Peña Nieto pediu aos congressistas que realizassem consultas para "ouvir todas as vozes".
Na quarta-feira (14/12) à noite, as comissões do Senado aprovaram, de modo geral, o texto da Lei de Segurança Interna. Agora, a iniciativa - que sofreu várias mudanças - passará ao Senado, antes de ser enviada para a Câmara dos Deputados.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e a Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) pediram ao Estado mexicano que não aprove a lei, que busca estabelecer um marco legal para a atuação das Forças Armadas. O mesmo pedido foi feito pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
No fim de 2006, o governo mexicano iniciou uma polêmica ofensiva militar antidrogas, o que gerou uma onda de violência que deixou mais de 196.000 mortos e 30.000 desaparecidos, de acordo com números oficiais, que não explicam quantas vítimas estavam relacionadas com o crime organizado.
A operação provocou denúncias de abusos, execuções extrajudiciais e desaparecimentos por parte dos militares.