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Papa volta a pedir sensatez e prudência a respeito de Jerusalém

O papa Francisco já havia expressado preocupação na quarta-feira ao pedir "respeito ao status quo" de Jerusalém, de acordo com as resoluções das Nações Unidas


Cidade do Vaticano, Santa Sé -
O papa Francisco voltou a pedir neste domingo em um comunicado "sensatez e prudência", após a decisão polêmica dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

"O Santo Padre volta a pedir sensatez e prudência de todos e faz orações fervorosas para que os dirigentes das nações, neste momento particularmente grave, se comprometam a evitar uma nova espiral de violência", afirma o comunicado divulgado pelo Vaticano.

O papa Francisco já havia expressado preocupação na quarta-feira ao pedir "respeito ao status quo" de Jerusalém, de acordo com as resoluções das Nações Unidas.

O Vaticano destacou neste domingo que acompanha com "grande atenção" a situação no Oriente Médio, e especialmente em Jerusalém, "cidade sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos do mundo inteiro".

O pontífice também pediu aos líderes internacionais que "respondam com atos e palavras aos desejos de paz, justiça e segurança das populações destas terras martirizadas".

E antes do início das reuniões convocadas pela Liga Árabe e a Organização para a Cooperação Islâmica, o Vaticano "recorda sua posição bem conhecida no que diz respeito ao caráter único da Cidade Sagrada (Jerusalém) e à necessidade absoluta de respeitar o status quo, em acordo às decisões da comunidade internacional".

A Santa Sé também recorda que "apenas uma solução negociada entre israelenses e palestinos pode levar a uma paz estável e duradoura e garantir uma coexistência pacífica entre dois Estados dentro de fronteiras reconhecidas internacionalmente".

Na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como capital de Israel, uma decisão duramente criticada pela comunidade internacional.

Nos territórios palestinos foram registrados confrontos por três dias consecutivos.

O papa Francisco expressou sua "dor" após os confrontos.