Trump e seu governo "continuam comprometidos com o processo de paz" no Oriente Médio, declarou a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, que rejeitou "os sermões e as lições" e reivindicou seu país como o único mediador possível no conflito. "Compreendo que as mudanças são difíceis", mas "nossas ações buscam fazer avançar a causa da paz", disse.
Os Estados Unidos não tomaram "posições sobre os limites, ou as fronteiras" em disputa e o "status quo se mantém para os lugares santos", assegurou a diplomata. A reunião de urgência foi solicitada por Suécia, França, Itália, Reino Unido, Bolívia, Uruguai, Egito e Senegal.
Alguns desses países - especificamente Suécia, Bolívia e Egito - consideram que a decisão americana viola as resoluções da ONU. Trata-se de uma "violação da legitimidade internacional", destacou o embaixador egípcio, Amr Aboulatta.
Seu colega sueco, Olof Skoog, lembrou a resolução 2334, de 23 de dezembro de 2016, que destaca que o Conselho de Segurança "não reconhecerá nenhuma modificação das fronteiras (estabelecidas) em 4 de junho de 1967" e entende que "tudo que diz respeito a Jerusalém deve ser acertado pelas partes mediante negociações".
Essa resolução foi aprovada por 14 dos 15 membros, enquanto os Estados Unidos, então no governo Barack Obama, optou por se abster, permitindo assim sua adoção. "O momento chegou para avançar para um acordo de paz detalhado", reclamou o diplomata sueco. O embaixador francês, François Delattre, destacou que, "sem acordo sobre Jerusalém, não haverá acordo de paz".
"A importância histórica e religiosa de Jerusalém é, de fato, uma das chaves da resolução do conflito entre israelenses e palestinos", completou. Depois da reunião, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Suécia disseram que a decisão de Trump destoa das resoluções da ONU. Já o embaixador palestino, Riyad Mansour, que tem status de observador na ONU, denunciou que essa foi "uma decisão irresponsável".