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Pyongyang denuncia manobras conjuntas de EUA e Coreia do Sul

O Ministério norte-coreano das Relações Exteriores acusou a administração de Trump de "querer a guerra nuclear a qualquer custo"

A Coreia do Norte classificou como "belicistas" Estados Unidos e Coreia do Sul neste domingo (3/12), na véspera do início de suas manobras aéreas conjuntas mais importantes até agora.

O exercício "Vigilant Ace", que mobilizará cerca de 230 aviões, entre eles caças invisíveis F-22 Raptor, começa nesta segunda-feira (4) e vai durar cinco dias. Será realizado apenas poucos dias depois de o regime norte-coreano ter testado um míssil balístico intercontinental (ICBM). O artefato teria capacidade de atingir os Estados Unidos.

O jornal Rodong do Partido único no poder na Coreia do Norte denunciou essas manobras.

"É uma provocação aberta, em todos os níveis, contra a Coreia do Norte, que poderia levar a uma guerra nuclear a qualquer momento", afirma o jornal em seu editorial.

"Os belicistas americanos e sua marionete sul-coreana fariam melhor em lembrar que seu exercício militar dirigido contra a Coreia do Norte será tão estúpido quanto um ato para precipitar sua autodestruição", acrescentou.

No sábado, o Ministério norte-coreano das Relações Exteriores acusou a administração de Donald Trump de "querer a guerra nuclear a qualquer custo" com essa simulação aérea.

Recentemente, o conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster, considerou que a possibilidade de uma guerra com a Coreia do Norte se reforçava.

"Acredito que aumenta cada dia, o que significa [...] que estamos em um corrida para solucionar o problema", disse ele, durante um foro.

"Há maneiras de enfrentar esse problema fora de um conflito armado, mas é uma corrida, porque se aproxima cada vez mais [da chegada]. Não resta muito tempo", advertiu.