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Morre o ex-poderoso chefão da máfia siciliana Toto Riina

Riina faleceu na unidade carcerária do hospital de Parma, norte da Itália, de acordo com os principais jornais do país e a agência de notícias ANSA

Agência France-Presse
postado em 17/11/2017 08:53
Em uma conversa interceptada há alguns meses, o ex-poderoso chefão afirmou que

Roma, Itália -
Toto Riina, o ex-poderoso chefão da máfia siciliana e um dos homens mais temidos da Itália, faleceu em consequência de um câncer nesta sexta-feira (17/11), informou a imprensa italiana. O "chefe dos chefes", de 87 anos, condenado a 26 penas de prisão perpétua e suspeito de matar mais de 150 pessoas, estava em coma induzido há vários dias, depois de duas cirurgias que agravaram seu estado de saúde.

Riina faleceu na unidade carcerária do hospital de Parma, norte da Itália, de acordo com os principais jornais do país e a agência de notícias ANSA.

O hospital não confirmou a morte até o momento. Sua mulher e três de seus quatro filhos foram autorizados na quinta-feira pelo ministério italiano da Saúde a visitá-lo para uma despedida. O filho mais velho do mafioso cumpre pena de prisão perpétua por quatro assassinatos.

"Não é Toto Riina para mim, você é apenas meu pai. E te desejo um feliz aniversário, papai, neste dia triste mas importante. Te amo", escreveu seu outro filho, Salvatore, no Facebook na quinta-feira, dia do aniversário do criminoso.

Riina havia solicitado a libertação em julho, alegando uma doença grave, mas o pedido foi rejeitado depois que um tribunal determinou que o atendimento médico na prisão era tão adequado quando o que receberia fora do sistema penitenciário.

Os médicos afirmaram na ocasião que Riina estava "lúcido". Em uma conversa interceptada há alguns meses, o ex-poderoso chefão afirmou que "não se arrependia de nada".

"Nunca poderão lidar comigo, mesmo que me condenem a 3.000 anos de prisão", disse. O chefão siciliano mandou assassinar em 1992 os juízes de combate à máfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, que haviam trabalhado sem trégua para levar mais de 300 mafiosos a julgamento em 1987.

Também foi o responsável por atentados com bomba em Roma, Milão e Florença, que mataram 10 pessoas. "Que Deus o perdoe, porque nós não faremos isto", afirmou uma associação de vítimas do atentado em Florença, segundo o jornal Fatto Quotidiano.

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