A nova política basicamente reinstala sanções que estiveram em vigor durante décadas antes de serem parcialmente suspensas pelo governo anterior de Barack Obama. O pacote inclui uma extensa lista de empresas cubanas com as quais os cidadãos americanos não poderão realizar transações comerciais e que impacta especialmente o setor turístico, já que inclui hotéis de toda a ilha.
A nova normativa "estabelece uma regra geral de negar licenças para exportar itens para uso das entidades da lista", segundo o departamento do Tesouro. A lista de entidades sancionadas inclui os ministérios cubanos das Forças Armadas Revolucionárias e do Interior, assim como três holdings do setor de turismo, a Corporação Cimex (importadora com uma cadeia de lojas) e a União da Indústria Militar.
Também estão listados 84 hotéis em Havana, Santiago, Varadero, Pinar del Río, Baracoa, Cayos de Villa Clara e Holguín, além de duas agências de turismo e mais de trinta empresas relacionadas pelas Forças Armadas e de Segurança. As viagens de americanos a Cuba para visitas pessoais ou por razões de estudo são mantidas, mas deverão ter o apoio de "uma organização patrocinadora".
No entanto, para que essas viagens sejam autorizadas, a normativa determina que os viajantes terão de ser "acompanhados por uma pessoa sob jurisdição dos Estados Unidos que seja representante da organização patrocinadora".
"As viagens individuais sem razões educativas ou acadêmicas não serão mais autorizadas, como anunciou o presidente", explicou o Tesouro. O anúncio acontece em meio à pior crise na relação bilateral desde que os dois países restabeleceram os laços diplomáticos em 2015, devido aos supostos "ataques acústicos" contra diplomatas americanos em Havana.