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Sobe para 24 número de diplomatas afetados por 'ataques' em Cuba

Por isso, acrescentou Heather, "não podemos descartar novos casos adicionais", já que os médicos continuam avaliando o pessoal da embaixada

Os Estados Unidos informaram, nesta sexta-feira (20/10), que chega a 24 o número de funcionários de sua embaixada em Cuba que tiveram problemas de saúde por misteriosos "ataques" em Havana.

"Com base na avaliação permanente do pessoal do governo dos Estados Unidos, podemos confirmar que 24 pessoas experimentaram efeitos em sua saúde por esses ataques", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert.

[SAIBAMAIS]A atualização no número de pessoas afetadas "não reflete novos ataques", esclareceu.

"Como observamos antes, o mais recente ataque confirmado por médicos aconteceu no final de agosto", disse a porta-voz.

Por isso, acrescentou Heather, "não podemos descartar novos casos adicionais", já que os médicos continuam avaliando o pessoal da embaixada.

O governo americano não responsabiliza Cuba diretamente pelo que definiu como "ataques específicos" contra seu pessoal diplomático. Considera, porém, que Cuba é responsável por garantir a segurança de todos os diplomatas estrangeiros em seu território.

Os dois governos mantêm abertas investigações sobre o ocorrido e, até agora, a origem e as características dos "ataques" permanecem um mistério.

Em 3 de outubro, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, disse que as investigações feitas até o momento na Ilha não permitiram reunir provas de que tais ataques sequer tenham ocorrido.

De acordo com o Departamento de Estado, os ataques teriam começado no fim de novembro de 2016.

A Associação Americana de Serviço Exterior apontou que, entre os sintomas relatados, estão "dano traumático cerebral leve e perda da audição, além de sintomas como desequilíbrio, fortes dores de cabeça, dificuldades cognitivas e inflamação cerebral".

Como resposta a essa situação, os Estados Unidos ordenaram, este mês, a expulsão de 15 diplomatas cubanos em Washington.

Dias antes, o governo dos EUA já havia anunciado a redução pela metade do pessoal de sua embaixada em Havana, além de suspender a emissão de vistos e lançar um alerta com recomendações para que os cidadãos americanos evitem viajar para Cuba.

Esses "ataques" motivaram a maior crise entre a Ilha e os Estados Unidos desde que ambos os países restabeleceram seus laços diplomáticos em 2015, depois de meio século de ruptura e de desconfiança.