A ideia, proposta pelo ministro há dois dias em um comício, foi fortemente rejeitada neste sábado pelo partido CSU, aliado dos conservadores da chanceler.
"Nossa herança não é negociável", disse Alexander Dobrindt, um peso-pesado do partido, na coluna do jornal Bild. "Introduzir um feriado do Islã na Alemanha: de nenhuma maneira", acrescentou.
"Não vejo nenhuma razão convincente" de instituir tal feriado, pois a Alemanha é de tradição judaico-cristã e não muçulmana, declarou no mesmo jornal um membro do partido democrata-cristão CDU.
Em alguns lugares do país, "onde vivem muitos muçulmanos, por qual motivo não refletir igualmente em um feriado muçulmano", declarou Maizi;re em um comício na Baixa Saxônia, onde no domingo irão ocorrer eleições regionais que se anunciam muito disputadas entre os conservadores e o partido social-democrata SPD.
O candidato local da CDU revelou imediatamente que não compartilha de nenhuma maneira da opinião do ministro.
;Temos de pensar;
No entanto, o presidente do SPD, Martin Schulz, reagiu de maneira positiva: "Temos que pensar na proposta", declarou neste sábado.
Antes das eleições legislativas de 24 de setembro, Maizi;re advogou pelo respeito dos imigrantes a uma "cultura de referência" ("Leitkultur"), termo usado pelos extremistas de direita.
O partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) ingressou nas últimas legislativas no Bundestag, o que causou consternação na Alemanha.