"Os resultados do 1; de outubro não podem ser um aval para proclamar a independência", disse em declaração institucional Ada Colau, prefeita da capital catalã de 1,6 milhão de habitantes e firme defensora de um referendo legal.
Na véspera de uma sessão no Parlamento regional que poderia desencadear uma declaração de independência, Colau pediu também ao chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy, que descarte suspender as instituições de governo catalãs e retire os reforços policiais enviados à região.
"O que precisamos agora são gestos de distensão de ambas as partes. Não precisamos de uma escalada que não beneficia ninguém. É hora de construir pontes, não de dinamitá-las", afirmou.
A região de 7,5 milhões de habitantes segura o fôlego na expectativa do comparecimento no Parlamento de Puigdemont, pressionado tanto por seus aliados separatistas para declarar a secessão quanto pelo restante das forças políticas e pelo poder econômico para que renuncie a ela.
Depois do referendo de 1; de outubro, proibido pela Justiça, e que foi vencido, segundo o governo regional pelos separatistas com 90% dos votos e uma participação de 43%, Puigdemont se comprometeu a declarar uma república independente, mas inclusive em seu próprio partido pedem que não tome decisões irreversíveis que dificultem uma solução dialogada.