O ministro das Relações Exteriores turco também discutiu o assunto com o embaixador americano John Bass no fim do domingo em telefonema, relatou a fonte, que pediu anonimato.
Apesar das relações aparentemente amigáveis entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, os laços entre os dois países enfrentam uma piora por causa da prisão de Metin Topuz, funcionário do consulado americano de nacionalidade turca, e de outros americanos com supostos laços com um movimento liderado pelo clérigo Fethullah Gulen, que vive nos EUA. O governo de Erdogan culpa Gulen e seu movimento por uma tentativa de golpe recente, enquanto o religioso nega envolvimento.
Topuz foi acusado de espionagem e de "tentar derrubar o governo turco e a Constituição". A embaixada dos EUA disse estar "muito preocupada" com a prisão e reclamou da cobertura do caso pela imprensa favorável ao governo turco. A embaixada americana argumentou que haveria uma pressão para julgar Topuz pela imprensa, não na Justiça.
Outros americanos presos na Turquia incluem o pastor Andrew Brunson, detido no ano passado acusado de terrorismo e de manter supostos laços com o movimento de Gulen. Erdogan já vinculou a possível libertação do pastor a um acordo com Washington para extraditar o religioso para a Turquia.
A lira turca registrou forte queda ante o dólar nesta segunda-feira, após a suspensão mútua de serviços de concessão de visto. Fonte: Associated Press.