"Estamos movendo uma ação contra a administração Trump a fim de bloquear esta medida", disse no Twitter a poderosa organização americana de direitos civis ACLU. "Não se deixem enganar. Ir contra o acesso ao controle da natalidade de 62,4 milhões de mulheres mostra o desprezo do governo pela saúde e pelas vidas das mulheres", assinalou a Planned Parenthood (PP), a maior ONG de planejamento familiar dos Estados Unidos. "Inaceitável", tuitou, instando a população a manifestar sua oposição a esta decisão.
A hashtag #HandsOffMyBC (Tire as mãos da minha contracepção) era um dos assuntos mais comentados do Twitter logo após a divulgação da notícia. "Isto não é nada menos do que sexismo", disse o senador Bernie Sanders, ex-candidato à indicação democrata para as eleições presidenciais dos Estados Unidos. "Esta é a última expressão do desprezo total dos republicanos pela capacidade das mulheres de controlar suas vidas", tuitou.
[SAIBAMAIS]A nova regulação "amplia as isenções para proteger as convicções morais de certas entidades e indivíduos cujos planos de saúde estão sujeitos a um mandato de cobertura de contraceptivos disposta pela Lei de Proteção ao Paciente e Assistência Acessível", destaca o texto do Departamento de Saúde.
A nova norma, em vigor desde esta sexta-feira, afetará milhões de mulheres americanas cujos métodos contraceptivos foram até agora reembolsados %u200B%u200Bpor seus empregadores, sob a lei do ex-presidente Barack Obama, que Trump prometeu revogar.
A obrigação de pagar pela contracepção foi alvo de controvérsia por parte de grupos conservadores desde a promulgação da lei, em 2010.
Após uma longa batalha jurídica, a Corte Suprema de Justiça decidiu, em 2014, a favor de duas companhias que se negavam a cumprir esta disposição do "Obamacare" alegando convicções religiosas.
Em maio passado, o presidente Trump assinou um decreto sobre a liberdade religiosa ordenando ao governo levar em conta as "objeções de consciência" na questão da contracepção.