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Durante as operações, cerca de 1.000 dispositivos explosivos foram descobertos e desarmados, segundo o chefe da Defesa Civil na província de Al-Anbar, o general Fawzy Yassin, à AFP. "Esta limpeza permitirá que os deslocados voltem para casa", afirmou Abdel Karim al-Ani, chefe do conselho local de Anna. Em cerca de 20 dias de violentos combates em Hawija, cidade localizada 230 km a norte de Bagdá, os civis encontraram-se no fogo cruzado. Cerca de 12.500 pessoas fugiram desde o início da ofensiva, segundo a ONU.
Os primeiros civis que fugiram de Hawija relataram o medo da vida cotidiana sob o comando dos extremistas e de serem usados como escudos humanos pelo grupo ultrarradical. De acordo com a ONG Norwegian refugee council (NRC), "nenhuma organização internacional conseguiu entrar em Hawija sob o controle do EI por dois anos".
O Iraque tem recuperado gradualmente o controle dos territórios que caíram nas mãos dos extremistas há mais de três anos após uma longa série de combates com o apoio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos. Outra questão com a qual as autoridades iraquianas tentam lidar é a curda. As tensões aumentaram após a realização em 25 de setembro de um referendo de independência no Curdistão iraquiano.
Nesta quinta, o presidente Macron estimou que os direitos dos curdos deveriam ser "reconhecidos dentro da Constituição para preservar a estabilidade e a integridade territorial do Iraque". Ao seu lado, Abadi garantiu não querer o confronto armado, ressaltando, porém, que a autoridade federal deve prevalecer. Acuado em todos os seus redutos no Iraque e na Síria, o EI vê seu "califado" proclamado em 2014 desmoronar frente as ofensivas de seus adversários apoiados pelos Estados Unidos ou pela Rússia.
Na Síria, com o apoio da coalizão internacional, as Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança curdo-árabe, reconquistaram 90% de Raqa, a "capital" síria do EI, que está perto da queda. O grupo extremista também foi totalmente expulso, na quarta-feira, da província de Hama (oeste) pelo exército sírio e seus aliados, após um mês de combates.