A autópsia realizada pelos legistas malaios determinou que o cadáver continha resíduos do referido tóxico nos olhos, urina e sangue e em objetos pessoais. As duas acusadas afirmaram durante os interrogatórios que acreditavam estar participando de uma brincadeira em um programa de televisão e que o líquido utilizado era óleo para bebês.
A defesa questiona a exposição ao VX por parte das acusadas, já que nem elas e outras pessoas que tiveram contato direto com o corpo contaminado da vítima sofreram sintomas de envenenamento.
Elas falaram para as autoridades que um grupo de quatro homens, que supostamente orquestrou o incidente, pagou US$ 80 para cada uma para participar da ação que culminou com a morte de Kim.
Os homens, que foram identificados como norte-coreanos pela polícia malaia, deixaram o país mo mesmo dia do assassinato e estão em um paradeiro desconhecido.
O tribunal se recusou a publicar as identidades e nacionalidades destas quatro pessoas, também acusadas pelo assassinato. Os serviços de inteligência da Coreia do Sul e dos Estados Unidos atribuíram o crime a agentes norte-coreanos.
Já Pyongyang sustenta que Kim morreu de um ataque cardíaco e acusa as autoridades malaias de conspirar com os seus inimigos, ao mesmo tempo que insiste em identificar a vítima como Kim Chol, nome que estava no passaporte da vítima.