"A possibilidade de que as agências mantenham o pessoal atual também é essencial para a continuidade das atividades", destaca o Executivo europeu, que indiretamente torna esse critério prioritário em relação a outros cinco definidos pela União Europeia.
O Reino Unido deve sair do bloco em março de 2019. Os europeus querem deixar pronta a mudança da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Autoridade Bancária Europeia (EBA), ambas baseadas atualmente no Canary Wharf, em Londres.
A eleição das novas sedes divide o bloco. Os últimos países a entrarem na UE - sobretudo, do leste - pressionam para sediar algumas das agências comunitárias. Bulgária, Romênia, Croácia e Eslováquia, cujas capitais são candidatas ao órgão de medicamentos, não têm nenhuma.
No informe aos países do bloco, a avaliação da Comissão evitou dar uma "classificação" das cidades. Caberá aos ministros dos 27 países debater, em outubro, sobre as candidaturas, antes de tomar a decisão final, mediante votação secreta, em 20 de novembro.
A referência de Bruxelas sobre a equipe não é trivial. Após uma pesquisa entre os cerca de 900 funcionários sobre as 19 candidaturas apresentadas, a EMA alertou para "o futuro da saúde pública da Europa", já que grande parte de sua equipe renunciará ao cargo, se a cidade eleita não agradar.
O resultado revelou que, "para certas localidades, as taxas de retenção de pessoal podem ser significativamente menores o que 30%", enquanto que, com uma candidatura mais valorizada, teria respaldo de 81% dos funcionários, disse a EMA, sem especificar as cidades.