Em Madri, os manifestantes se concentraram em frente à prefeitura, na Plaza de Cibeles, no coração da capital, convocados por um coletivo conservador - a Fundação para a Defesa da Nação Espanhola (Denaes).
Em meio a uma onda de bandeiras nacionais, os manifestantes carregavam faixas com mensagens como "Catalunha é Espanha", "viva Espanha" e até "Prisão a Puigdemont", em referência ao presidente regional catalão, Carles Puigdemont.
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"Não devíamos ter chegado a isto. Chegamos a um ponto sem volta", lamentou à AFP Fernando Cepeda, um engenheiro de 58 anos que foi à manifestação com uma camiseta na qual estava escrito um artigo da Constituição espanhola: "A soberania nacional reside no povo espanhol, do qual emanam os poderes do Estado".
Ao seu lado, Rafael Castillo, também engenheiro, mostrava-se crítico ao governo espanhol: "O Estado tem que fazer política, tem que convencer de que o melhor é ficarmos juntos, em vez de repetir o tempo todo que o referendo é ilegal. Mas na Espanha não há nenhum líder".
Já o professor de matemática Eduardo García, de 32 anos, acusou os nacionalistas catalães de terem instigado "os sentimentos mais baixos do povo", ao pedir a independência perto da crise econômica dos últimos anos.
"Isso tudo é muito triste", lamentou.
Em Barcelona, uma manifestação similar reuniu centenas de pessoas na praça Sant Jaume, onde ficam a Prefeitura e o palácio da Generalitat, órgão regional de governo da Catalunha.
Também houve concentrações pró-unidade da Espanha em Valhadolid, Santander, Sevilha, Málaga (sul), Valência (leste) e Alicante (sudeste).
Na Galícia (noroeste), foram convocadas manifestações em La Coruña e em Santiago de Compostela.
Nesta última cidade, aconteceu também uma marcha a favor do referendo de autodeterminação da Catalunha, na qual se viram bandeiras separatistas galegas e catalãs. Houve ainda pequenas concentrações a favor da consulta em Madri.