O primeiro-ministro propõe um novo plano de incentivo econômico de 2 trilhões de ienes (15 bilhões de euros) até o fim do ano, a gratuidade de parte do Ensino e outros dispositivos financeiros, o que afasta a perspectiva de saneamento das finanças públicas.
Abe também reafirmou a posição de firmeza ante a Coreia do Norte. "Devemos utilizar todos os meios para aumentar ao máximo a pressão sobre a Coreia do Norte", disse. Há alguns dias na ONU, ele afirmou que não era mais tempo de diálogo.
Os opositores também viram no calendário escolhido por Abe uma manobra para evitar as perguntas no Parlamento sobre os escândalos que afetaram ele e seu governo. Ele é acusado fundamentalmente de favorecer vários amigos. Mas, no âmbito político, o primeiro-ministro quer aproveitar o momento ruim de seu principal rival, o Partido Democrata, que acaba de mudar de presidente e perdeu vários de seus líderes.
Os analistas, no entanto, interpretaram o movimento com uma forma de tentar frear o ímpeto de Koike. Com o partido "Tomin First" (os cidadãos da capital em primeiro lugar), Koike infligiu uma derrota histórica ao partido de Abe nas eleições para renovar a assembleia de Tóquio, há algumas semanas. .
Koike parece decidida a prosseguir com a partida de xadrez a nível nacional. "É necessária uma verdadeira força de reforma", disse a governadora, para quem "as reformas não acontecem de modo suficientemente rápido".