O Comitê de Inteligência do Senado pediu às empresas de alta tecnologia Google, Facebook e Twitter que testemunhem sobre a interferência russa na política dos EUA, confirmou um assessor do Senado nesta quarta-feira.
Os três gigantes da internet e da mídia social online deverão comparecer no dia 1; de novembro em uma audiência pública sobre a crescente evidência de que eles foram usados secretamente em uma campanha para ajudar Donald Trump a vencer a Presidência.
Antes disso, eles também podem testemunhar no Comitê de Inteligência da Câmara: os representantes Mike Conaway e Adam Schiff, que lideraram a comissão que investiga a possível ingerência Rússia, anunciaram nesta quarta-feira que também convidaram representantes das empresas tecnológicas para testemunhar sobre a manipulação russa. "O Congresso e o povo americano precisam ouvir esta importante informação diretamente dessas empresas", disseram.
[SAIBAMAIS]O Facebook revelou recentemente que, por apenas US$ 100.000, os aparentes compradores vinculados à Rússia colocaram cerca de 3.000 anúncios em suas páginas no ano passado a fim de influenciar as eleições.
O site de relacionamentos disponibilizou os detalhes desses anúncios para os investigadores. De acordo com os relatórios, os anúncios procuraram estimular rivais democratas e republicanos de Hillary Clinton, além de semear a discórdia entre os americanos em relação à base da candidata.
"A grande maioria dos anúncios administrados por essas contas não mencionou especificamente a eleição presidencial dos EUA ou um candidato em particular", disse o diretor de segurança da empresa, Alex Stamos, no início deste mês.
"Em vez disso, os anúncios e as contas parecem se concentrar na divulgação de mensagens sociais e políticas polarizadas em todo o espectro ideológico - em assuntos LGBT e questões raciais, imigração e porte de armas".
A Google disse que não foi usado na suposta campanha russa para dirigir as eleições dos EUA.
Mas de acordo com a Buzzfeed, seu sistema automatizado de segmentação de anúncios permite que os anunciantes direcionem anúncios para pessoas que usam termos de pesquisa racistas e antissemitas.
O Twitter, entretanto, mostrou ser um território propício para contas e notícias falsas que permitiram que supostos agentes russos viralizasse tuítes politicamente polarizados e contra Hillary Clinton.